Biblioteca Escolar
Escola Básica e Secundária de Velas
  • Início
  • Apoio ao Utilizador
  • Contador de Histórias
    • A
    • B
    • C
    • D
    • E
    • F
    • G
    • H
    • I
    • J
    • K
    • L
    • M
    • N
    • O
    • P
    • Q
    • R
    • S
    • T
    • U
    • V
    • W
    • X
    • Y
    • Z
  • Biblioteca Digital
    • A >
      • Abel Botelho
      • Agustina Bessa Luís
      • Aldous Huxley
      • Alexandre Herculano
      • Almada Negreiros
      • Almeida Garrett
      • Álvaro Salema
      • Antero de Quental
      • António Campos Júnior
      • António Feliciano de Castilho
      • António José da Silva
      • António Manuel Policarpo da Silva
    • B >
      • Bernardo Guimarães
    • C >
      • Camilo Castelo Branco
      • Camões
      • Cesário Verde
      • Charles Dickens
    • D
    • E >
      • Eça de Queirós
    • F >
      • Fernando Pessoa >
        • Alberto Caeiro
        • Álvaro de Campos
        • Bernardo Soares
        • Ricardo Reis
      • Fialho d' Almeida
      • Florbela Espanca
      • Francisco Manuel de Melo
    • G >
      • George Orwell
      • Gil Vicente
      • Guilherme de Azevedo
    • H
    • I
    • J >
      • Jane Austen
      • John Steinbeck
      • Jorge Amado
      • José Mauro de Vasconcelos
      • José Régio
      • Júlio Dantas
      • Júlio Dinis
    • K
    • L >
      • Lewis Carroll
    • M >
      • Machado de Assis
      • Manuel Maria Rodrigues
      • Mª Amália Vaz de Carvalho
      • Mário de Sá Carneiro
      • Mia Couto
    • N
    • O
    • P >
      • Padre António Vieira
    • Q
    • R >
      • Ramalho Ortigão
      • Raúl Brandão
    • S
    • T >
      • Teófilo Braga
      • Trindade Coelho
    • U
    • V >
      • Virgínia de Castro e Almeida
      • Vitorino Nemésio
    • W
    • X
    • Y
    • Z
  • Sala de Estudo Virtual
    • Jogos Educativos
    • Curiosidades
    • Material Didático >
      • Sala de Físico Química
      • Sala de Francês
      • Sala de Inglês
      • Sala de Português
      • Sala de História
    • Links Úteis
  • Atividades
    • Chá com letras - 1º Período
    • Chá com letras - 2º Período
    • Chá com letras - 3º Período
    • Contador de histórias - Ricardo Ávila
    • Hora do Conto
  • Arquivo de Atividades
  • Caixa de opiniões / sugestões
  • Contactos

Vida

      Nasceu em Lisboa numa família de alta fidalguia, seu pai Luís de Melo, militar, morre em 1615, na ilha de São Miguel, deixando a par de Francisco com 7 anos de idade, uma filha, Isabel. A mãe, Dona Maria de Toledo de Maçuellos, era filha dum "alcalde mayor" de Alcalá de Henares, e neta do cronista e gramático português Duarte Nunes de Leão. Pensa-se que terá tido a sua educação académica num colégio de Jesuítas (provavelmente, no colégio jesuíta de Santo Antão, onde terá estudado humanidades), e adquiriu uma erudição que se tornaria patente nas obras. Como pretendia seguir a carreira das armas, a exemplo do pai, estudou matemática. Começou, desde cedo, a frequentar a corte. Foi Fidalgo da Casa Real e Cavaleiro da Ordem de Cristo.
      Seguiu a vida militar a serviço da armada espanhola na Flandres e na Catalunha. O episódio mais famoso do período ocorreu em 1627, descrito na sua “Epanáfora Trágica”: estando a servir na esquadra comandada por Manuel de Meneses, esteve perto de naufragar no Golfo da Biscaia, tendo atingido a custo a costa francesa. Pouco depois, em 1629, combateu, vitoriosamente, corsários turcos num combate naval no Mar Mediterrâneo e foi armado cavaleiro. Em 1631 recebeu a ordem de Cristo das mãos de Filipe IV de Espanha. A sua presença na corte de Madrid torna-se constante. Capital do Império, a cidade assumia-se como o grande centro político e cultural da Península. Francisco Manuel de Melo entrou aí em contacto com os mais eminentes intelectuais, incluindo o célebre Francisco de Quevedo.
      Em 1637 tinha participado na pacificação da revolta de Évora, acontecimento que viria a preparar a Restauração portuguesa. Assim que esta foi declarada por João IV, a coroa espanhola manda prendê-lo por suspeitar do seu envolvimento na revolução em solo luso. Tendo-lhe sido autorizado deslocar-se para a Flandres, fugiu daí para Inglaterra, de onde regressou a Portugal. Em 1641, livre, foi incumbido de missões diplomáticas em Paris, Londres, Roma e Haia. Neste ano aderiu à causa do rei português, João IV, a quem prestará os seus serviços, a nível militar e diplomático.

Obra

Sinopse:
      ​Como era a vida de um casal no século XVII? O que devia esperar um homem recém-casado de uma vida a dois em 1600? Para atingir a tão almejada “felicidade do lar”, de acordo com esta obra, o homem da época teria que saber ter controle sobre todos os aspetos do seu domínio e propriedade… incluindo a sua mulher.
      “As mulheres são como as pedras preciosas, cujo valor cresce, ou mingua, segundo a estimação que delas fazemos. Os que casam com mulheres maiores no ser, no saber, e no ter, estão em grandíssimo perigo.”
      Escrita em 1650 a obra “Carta de Guia de Casados”, apresenta-se sobretudo um texto de auto ajuda, cheia de conselhos práticos para o quotidiano de um casal do século XVII recém casado, e que versa temas tão diversos como o governo económico da casa, até ao relacionamento com os criados. Mas é sobretudo nas sugestões em relação do trato que o homem deve ter para com a esposa que tornaram a obra famosa e controversa e objeto de debate ao longo de vários séculos.
      Vista hoje em dia como uma obra cheia de pontos de vista grotescos/cómicos, no seu contexto histórico ela oferece-nos um fresco da mentalidade da época, fundamentado na moral cristã da altura que atribuía à mulher uma função subalterna à do marido, cuja liberdade geográfica se devia limitar às quatro paredes da casa.
      Para D. Francisco Manuel de Melo, as mulheres, mais do que companheiras, eram sobretudo propriedade pessoal do marido e devido à sua condição “frágil” tanto deviam ser protegidas a todo o custo, como ser “educadas” e “corrigidas” das suas frivolidades e inconstâncias. Deviam ser também preferencialmente incultas pois disso dependia muito a felicidade do casamento. Há inclusive um ditado português antigo que foi retirado diretamente desta obra e que espelha bem esse ponto de vista: “Que Deus me guarde de mula que faz «him» e de mulher que sabe latim“.
      Escrito originalmente, não com o intuito de ser publicado, mas sob a forma de carta (dirigida um amigo anónimo de D. Francisco Manuel de Melo que se ia casar e que lhe pedira conselhos matrimoniais) o texto epistolar, escrito de uma assentada e em centenas de páginas, para além do seu pendor moralizante, tem a particularidade de estar cheio de ilustrações anedóticas e passagens maliciosas, o que torna o conteúdo tão chocante na sua posição de intenção pedagoga, como hilariante.
      Não à parte disso, há também toda a ironia do historial do autor e da redação do texto que eleva a obra a patamares do ridículo:
Primeiro, D. Francisco de Melo não era casado nem tinha qualquer experiência no tipo de relações matrimoniais das quais ele disserta com pretensões de sabedoria.
CARTA DO GUIA DE CASADOS
Powered by Crie o seu próprio site exclusivo com modelos personalizáveis.